Lei de Anistia comemora 30 anos

Semana passada foi marcada pela comemoração dos 30 anos da Lei de Anistia. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais organizou nesta data, quinta e sexta-feiras passada, um Ciclo de Debates: 30 anos da Luta pela Anistia Política no Brasil. O evento teve como objetivo resgatar a memória da luta pela anistia e refletir sobre seu saldo político.

Participaram da abertura do ciclo o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e a presidente da Câmara, vereadora Luzia Ferreira. Lacerda relembrou sua militância política e as dificuldades que teve de enfrentar para refazer sua vida, após a anistia. Luzia Ferreira destacou que o movimento pela anistia foi o que unificou todas as lutas do País, naquele momento.

O deputado estadual Durval Ângelo (PT) sugeriu, em sua fala, que seja lançado um movimento pela criação da Medalha de Direitos Humanos Dona Helena Greco, uma homenagem pela sua atuação nesta área, assim como na luta pela anistia. Ele também mostra-se preocupado com os direitos humanos, já que na semana passada a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia recebeu três denúncias de vítimas de torturas de policiais.

Além deste amplo debate sobre o tema no encontro Ciclo de Debates, o secretário de Estado e Desenvolvimento Social, Agostinho Patrús Filho anunciou o início do pagamento das últimas indenizações às vítimas da ditadura. Para este fim, disponibilizou R$ 1,4 milhão para quitar a dívida com as 48 pessoas que cumpriram os requisitos da comissão da anistia.

Eduardo Suplicy "expulsa" Sarney do Senado

Na última terça-feira (25/08), o senador Eduardo Suplicy (PT/SP) pediu mais uma vez a saída de José Sarney usando um cartão vermelho. Ele explicou que o cartão vermelho a Sarney foi dado por ele para que a população entendesse o simbolismo de seu pedido. Suplicy foi o primeiro senador petista a pedir a renúncia do presidente da casa.

O presidente do Senado, José Sarney, não estava presente no momento do discurso de Suplicy, ele alegou ter compromissos inadiáveis em seu gabinete. A atitute de Eduardo Suplicy foi atacada pelo senador Heráclito Fortes e os dois bateram boca durante a sessão.

A atitude do senador Suplicy não foi vista com bons olhos por muitos, inclusive pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e também seus ministros. Lula teria ficado "estarrecido" com a atitude de Suplicy. De acordo com um ministro, o senador estava "surfando" na onda dos ataques a Sarney, que dá ibope, tentando se aproveitar da situação, "como sempre faz". Esse ministro considerou a postura do petista "inaceitável".

Eduardo Suplicy chegou a ser classificado como um "moleque", entre Lula, ministros e assessores. Mas ele ainda retrucou as críticas e afirmou ontem que o cartão vermelho representa também "um alerta" para o presidente e a cúpula do PT. "O cartão é um sinal de alerta para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, e para o presidente Lula, para que ouçam o povo que entende os símbolos do futebol", finalizou o senador.

Marina Silva na presidência?

A senadora Marina Silva (AC) deixa o PT após quase 30 anos de militância. A senadora não confirmou a filiação ao PV e nem a suposta candidatura a presidência da República. Mas ainda tem tempo para isso. Em carta encaminhada ao PT a a ex-ministra do Meio Ambiente afirma não ver mais espaço no PT para suas ideias.

Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, é um equívoco Marina Silva sair do partido. “Toda trajetória política de Marina foi feita dentro do PT e com 'forte apoio' do partido”, afirmou.

A partir de agora surge uma preocupação, que apesar de não ser candidata e também por não estar filiada a nenhum partido, Marina Silva é o nome cogitado pelo PV para disputar as eleições presidenciais de 2010. Ela poderá construir um caminho competitivo equilibrando propostas apresentadas pelo PT, representado pela ministra Dilma Rousseff e PSDB, com o governador José Serra (SP).

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), comemorou a decisão de Marina Silva. Para Aécio, a possível candidata pelo PV vem para dividir os votos do PT, pela linha ideológica trilhada pelos dois partidos.

A lenta percepção, ou mera insistência no erro

Há alguns meses acompanhamos uma resolução que pelo visto irá durar mais um longo tempo, afinal de contas é um dos problemas que está encravado na raiz política brasileira. Hoje me refiro, tão somente, à trágica crise que vem se alastrando no Senado Federal.

Desde a eleição de José Sarney para a presidência do Senado vem surgindo críticas, que são bombardeadas por todos os lados dessa instituição. A princípio senadores do PSDB e do DEM se posicionaram contra a eleição de Sarney. Mas o presidente Luis Inácio Lula da Silva optou por apoiar a permanência do presidente Sarney a fim de zelar contra um possível racha entre os partidos PMDB e PT.

Esta crise vem tomando proporções ainda maiores, e virou uma grande bola de neve quando membros do próprio PT e PMDB ficaram contra o presidente, exigindo a renúncia de Sarney ao cargo.

A maioria da população está indignada com essa postura adotada pelo presidente Lula e também pela não renúncia de Sarney. O repórter cinematográfico Daniel Amorim, posiciona-se completamente contra essa impunidade. "Não concordo com esse coronelismo, e toda a forma incorreta como os nossos políticos vem utilizando a política para benefício próprio. O fato do presidente Sarney se manter calmo e sempre culpar a imprensa é revoltante", afirmou.

Outro tema levantado essa semana, desta vez pelos sites "Excelencia" e "Transparencia" - sites que buscam fiscalizar a política brasileira - são os altos salários que os parlamentares brasileiros recebem, que significa quase o dobro do salário de parlamentares dos países de primeiro mundo.

O Brasil é um dos países que tem o maior recolhimento de impostos do mundo. Para a estagiária de jornalismo Rafaela Baião, essa é uma difícil realidade. "É chocante ver os valores astronômicos recolhidos pela nação, ao mesmo tempo acompanhar nossos políticos se esbaldando em verbas públicas, e tudo isso para o benefício próprio", concluiu Rafaela.

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007 e a construção do herói

Chega ao fim mais uma mostra de cinema da Faculdade Estácio de Sá. A 4ª mostra apresentou aos alunos: Romance, de Miguel Arraes; O Prisioneiro da Grade de Ferro, de Paulo Sacramento; São Bernardo, de Leon Hirszman; Eu, Você e Todos Nós, de Miranda July; e também Cinema Paradiso, clássico de Giuseppe Tornatore.

Os filmes foram selecionados por críticos e professores da área de cinema. Os alunos que participaram do evento consideraram bons os filmes e os debates. Para Priscila Patrício, aluna do 7º período de Publicidade da Faculdade, a escolha dos palestrantes e filmes mudou a forma das outras mostras, o que foi acrescentador. "Achei interessante utilizarem um filme como o 007 (Quantum of Solace). Normalmente em mostras costumamos a assistir filmes mais antigos", completou.

O crítico de cinema José Ricardo, optou pelo filme: Quantum of Solace, para investigar as diversas visões de mundo e também levantar questões sobre o uso da imagem como ferramenta ideológica, e de como as transformações sociais/ideológicas se refletem no cinema.

Grande Pedida

O diretor Giuseppe Tornatore, será relembrado mais uma vez, e desta vez em evento da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte. O filme foi escolhido pelo professor Marcelo LaCarreta, bacharel e mestre em Cinema pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Cinema Paradiso conta a história de um grande cineasta retorna a sua cidade natal e descobre que um grande amigo, que havia lhe apresentado o cinema, faleceu. Nos anos que antecederam a chegada da televisão, em uma pequena cidade da Sicília o garoto Toto (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e procurou travar amizade com Alfredo (Philippe Noiret), o projecionista que se irritava com certa facilidade, mas parelamente tinha um enorme coração.

Professores e alunos discutirão a maneira de se fazer filme por Tornatore. Entre Cinema Paradiso estará entre os filmes a serem exibidos: Romance, de Miguel Arraes; O Prisioneiro da Grade de Ferro, de Paulo Sacramento; São Bernardo, de Leon Hirszman; Eu, Você e Todos Nós, de Miranda July. O evento é liberado para todas pessoas que se interessarem.

Marcelo Camelo um ícone da música "alternativa"

Marcelo de Souza Camelo, 31, nascido no Rio de Janeiro, criado em Jacarepaguá, e formado em jornalismo, aprendeu a dar os primeiros passos com a banda de hard rock Bon Jovi.

Essa é a identidade de Marcelo Camelo, vocalista e compositor durante 10 anos da banda Los Hermanos e hoje em carreira solo com o novo disco "Sou", primeiro disco após a ruptura com a banda, lançado em 2008.

Após dois discos da banda Los Hermanos serem apontados entre os cem melhores discos brasileiros pela revista Rolling Stones, "Bloco do eu sozinho" e "Ventura", Camelo passou a ter tal reconhecimento e chegou a ser comparado ao compositor Chico Buarque de Hollanda.

Los Hermanos cresce de tal forma no cenário musical brasileiro, e chega a ser cotada como banda referência de rock alternativo, utilizando de letras e arranjos complexos que mesclam os estilos Ska, Reggae, Samba, Hardcore e MPB.